Citações Ficcionais sobre a Vida

De Compendium Tolkien
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Este é um levantamento das melhores citações de J.R.R. Tolkien sobre a vida, retiradas exclusivamente de suas obras ficcionais.

Caso seja de seu interesse, temos no total quatro compilados de citações aqui no Compendium:

Salvo menção em sentido contrário, todos os trechos abaixo citados foram retirados das edições da HarperCollins Brasil.

Os trechos encontram-se em ordem cronológica de publicação. Confira uma lista de todos os livros aqui: Publicações de J.R.R. Tolkien.

O Hobbit (1937)

Ora, é uma coisa estranha, mas coisas que são boas de aproveitar e dias que são bons de passar a gente acaba descrevendo rápido e não é grande coisa ouvir sobre eles; enquanto coisas que são desconfortáveis, palpitantes, ou mesmo sanguinolentas podem acabar virando uma boa história e, de qualquer jeito, precisam de um tempão para ser contadas.  
O Hobbit (3. Um Pouco de Descanso)

“Voltar?”, pensou. “Não adianta nada! Andar de lado? Impossível! Ir em frente? Única coisa a fazer! Vamos lá!”
O Hobbit (5. Adivinhas no Escuro)

Sua fúria ultrapassa qualquer descrição — o tipo de fúria que só é vista quando gente rica que tem mais do que consegue usar de repente perde algo que possuía há muito tempo, mas que nunca tinha usado ou desejado antes.
O Hobbit (12. Informação Interna)

“Enquanto há vida há esperança!”
O Hobbit (13. Fora de Casa)

“Se mais de nós dessem valor à comida, à alegria e às canções acima do ouro entesourado, este seria um mundo mais feliz.”
O Hobbit (18. A Viagem de Volta)

O Senhor dos Anéis (1954-55)

“Gostaria que não tivesse que acontecer no meu tempo”, afirmou Frodo. “Eu também,” assentiu Gandalf, “e gostariam todos os que vivem para ver tais tempos. Mas isso não cabe a eles decidir. Tudo o que temos que decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado.”
O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro I; 2. A Sombra do Passado)

“[...] pois também então havia pesar e treva crescente, mas também grande proeza e grandes feitos que não foram totalmente em vão.”
O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro I; 2. A Sombra do Passado)

“Que pena que Bilbo não apunhalou essa vil criatura quando teve a chance!” “Pena? Foi a Pena que deteve sua mão. A Pena e a Compaixão: de não golpear sem necessidade. E ele foi bem recompensado, Frodo. Tenha a certeza de que ele teve tão poucos danos devidos ao mal, e escapou por fim, porque começou sua posse do Anel desse modo. Com Pena.”
O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro I; 2. A Sombra do Passado)

“Não consigo compreender você. Quer dizer que você e os Elfos o deixaram continuar vivo depois de todos esses feitos horríveis? Seja como for, agora ele é tão mau quanto um Orque e apenas um inimigo. Ele merece a morte.” “Merece! Imagino que merece. Muitos que vivem merecem a morte. E alguns que morrem merecem a vida. Você pode dá-la a eles? Então não seja ávido demais por conferir a morte em julgamento. Pois nem mesmo os muito sábios conseguem ver todos os fins.”
O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro I; 2. A Sombra do Passado)

“Muitas vezes ele costumava dizer que só havia uma Estrada; que era como um grande rio: suas nascentes estavam em cada soleira, e cada trilha era seu afluente. ‘É um negócio perigoso, Frodo, sair pela sua porta’, ele costumava dizer. ‘Você dá um passo na Estrada e, se não cuidar dos seus pés, não há como saber para onde você poderá ser arrastado.’”
O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro I; 3. Três não é Demais)

“O amplo mundo está em todo vosso redor: podeis vos encerrar em uma cerca, mas com cerca jamais podereis repeli-lo.”
O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro I; 3. Três não é Demais)

“E dizem também”, respondeu Frodo: “Não vás buscar conselho aos Elfos, pois dirão que não e sim.” “Dizem deveras?”, riu-se Gildor. “Os Elfos raramente dão conselhos descuidados, pois um conselho é uma dádiva perigosa, mesmo dos sábios aos sábios, e todos os caminhos poderão resultar mal.”
O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro I; 3. Três não é Demais)

“Mas onde hei de encontrar coragem?”, perguntou Frodo. “É do que principalmente preciso.” “A coragem se encontra em lugares inesperados”, comentou Gildor. “Tenhas boa esperança!”
O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro I; 3. Três não é Demais)

Há uma semente de coragem oculta (amiúde no fundo, é bem verdade) no coração do mais gordo e tímido hobbit, esperando por algum perigo final e desesperado que a faça crescer.
O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro I; 8. Neblina nas Colinas-dos-túmulos)

Roupas são pouca perda para quem não se afoga.
O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro I; 8. Neblina nas Colinas-dos-túmulos)

Não rebrilha tudo que é ouro,   Nem perdidos estão os que vagam;
O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro I; 10. Passolargo)

Nada há que possais fazer exceto resistir, com esperança ou sem ela. Mas não estais a sós.
O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro II; 2. O Conselho de Elrond)

E essa é outra razão pela qual o Anel deve ser destruído: enquanto estiver no mundo, será um perigo até mesmo para os Sábios. Pois nada é mau no começo. O próprio Sauron não o era.
O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro II; 2. O Conselho de Elrond)

“Esta demanda pode ser tentada pelos fracos com a mesma esperança dos fortes. Porém assim costuma ser o curso dos feitos que movem as rodas do mundo: as mãos pequenas os fazem porque precisam, enquanto os olhos dos grandes estão alhures.”
O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro II; 2. O Conselho de Elrond)

Sentado junto ao fogo eu penso

em gente que passei,

e gente que verá um mundo

que nunca eu verei.

Mas lá, sentado a pensar

na era que está morta,

escuto passos que retornam

e vozes junto à porta.
O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro II; 3. O Anel Vai para o Sul)

“Infiel é aquele que diz adeus quando a estrada escurece”, disse Gimli.  

“Pode ser,” respondeu Elrond, “mas que não jure que caminhará no escuro aquele que não viu o anoitecer.”

“Porém a palavra jurada pode fortalecer o coração trêmulo”, retrucou Gimli.

“Ou parti-lo”, disse Elrond.
O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro II; 3. O Anel Vai para o Sul)

“O mundo está deveras repleto de perigos e há nele muitos lugares escuros; mas ainda existe muita coisa que é bela, e, por muito que em todas as terras o amor já esteja mesclado ao pesar, talvez ele se torne maior.”
O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro II; 6. Lothlórien)

E o Anão, ouvindo os nomes ditos em sua própria língua antiga, ergueu os olhos e encontrou os dela; e lhe pareceu que olhava de súbito para dentro do coração de um inimigo e via ali amor e compreensão.
O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro II; 7. O Espelho de Galadriel)

“‘É o serviço que nunca começa que leva mais tempo para acabar’, como costumava dizer meu velho feitor.”
O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro II; 7. O Espelho de Galadriel)

“Mas não desprezes o saber que foi transmitido de anos distantes; pois com frequência pode ocorrer que anciãs guardem na memória o conhecimento de coisas outrora necessárias ao saber dos sábios.”
O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro II; 8. Adeus a Lórien)

“Não predigo, pois agora toda predição é vã: de um lado está a treva, e do outro apenas a esperança.”
O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro II; 8. Adeus a Lórien)

“Porém não rejeitai toda a esperança. O amanhã é desconhecido. Muitas vezes encontra-se conselho ao nascer do Sol.”
O Senhor dos Anéis (As Duas Torres; Livro III; 2. Os Cavaleiros de Rohan)

“O bem e o mal não mudaram desde antanho; nem são uma coisa entre os Elfos e os Anãos e outra entre os Homens. É papel do homem distingui-los, tanto na Floresta Dourada quanto em sua própria casa.”
O Senhor dos Anéis (As Duas Torres; Livro III; 2. Os Cavaleiros de Rohan)

“[...] bem provável que estejamos indo à nossa ruína: a última marcha dos Ents. Mas se ficássemos em casa e nada fizéssemos, a ruína nos encontraria de qualquer modo, mais cedo ou mais tarde. [...] Agora, pelo menos, a última marcha dos Ents pode valer uma canção. Sim,” suspirou ele, “podemos ajudar os outros povos antes de nos irmos. [...] Mas aí está, meus amigos, as canções, como as árvores, só dão fruto em seu próprio tempo e ao seu próprio modo: e às vezes murcham antes do tempo.”
O Senhor dos Anéis (As Duas Torres; Livro III; 4. Barbárvore)

“Perigoso!”, exclamou Gandalf. “Também eu o sou, muito perigoso: mais perigoso que qualquer coisa que jamais encontrarás, a não ser que sejas trazido vivo diante do assento do Senhor Sombrio. E Aragorn é perigoso, e Legolas é perigoso. Estás cercado de perigos, Gimli, filho de Glóin; pois tu mesmo és perigoso, à tua própria maneira. Certamente a floresta de Fangorn é perigosa — não menos àqueles que são ligeiros demais com os machados; e o próprio Fangorn, ele também é perigoso; porém, não obstante, é sábio e bondoso.”
O Senhor dos Anéis (As Duas Torres; Livro III; 5. O Cavaleiro Branco)

“O coração fiel pode ter língua rebelde.” “Dize também”, disse Gandalf, “que aos olhos embotados a verdade pode ter face distorcida.”
O Senhor dos Anéis (As Duas Torres; Livro III; 6. O Rei do Paço Dourado)

“Foi duro largá-lo; mas o que mais eu podia fazer?” “Nada mais”, respondeu Aragorn. “Quem não consegue jogar fora um tesouro quando precisa está agrilhoado. Fizeste bem.”
O Senhor dos Anéis (As Duas Torres; Livro III; 6. O Rei do Paço Dourado)

“Você sabia que estava se comportando de modo errado e tolo; e você mesmo se disse isso, apesar de não escutar. [...] Mas, se eu tivesse falado antes, isso não diminuiria seu desejo nem o tornaria mais fácil de resistir. Ao contrário! Não, a mão queimada ensina melhor. Depois disso o conselho sobre o fogo alcança o coração.”
O Senhor dos Anéis (As Duas Torres; Livro III; 11. A Palantír)

“Muitos que vivem merecem a morte. E alguns que morrem merecem a vida. Você pode dá-la a eles? Então não seja ávido demais por conferir a morte em nome da justiça. Pois nem mesmo os sábios conseguem ver todos os fins.”
O Senhor dos Anéis (As Duas Torres; Livro IV; 1. A Doma de Sméagol)

Foi a primeira visão que Sam teve de uma batalha de Homens contra Homens e não gostou muito dela. Ficou contente por não poder ver o rosto morto. Perguntou-se qual era o nome do homem e de onde vinha; e se de fato tinha o coração mau, ou quais mentiras e ameaças o haviam trazido na longa marcha desde sua casa; e se de fato não teria preferido ficar lá, em paz.
O Senhor dos Anéis (As Duas Torres; Livro IV; 4. De Ervas e Coelho Ensopado)

“Ele pode ser boa gente,” pensou, “ou pode não ser. Uma bela fala pode esconder um coração desonesto.”
O Senhor dos Anéis (As Duas Torres; Livro IV; 5. A Janela para o Oeste)

“O louvor dos louváveis está acima de toda recompensa.”
O Senhor dos Anéis (As Duas Torres; Livro IV; 5. A Janela para o Oeste)

Os hobbits fizeram profundas mesuras [a Faramir]. “Mui bondoso anfitrião,” disse Frodo, “foi-me dito por Elrond Meio-Elfo que eu encontraria amizade pelo caminho, secreta e inesperada. Certamente não esperava amizade como a que demonstraste. Encontrá-la transforma o mal em grande bem.”
O Senhor dos Anéis (As Duas Torres; Livro IV; 7. Jornada para a Encruzilhada)

“Eu me pergunto em que espécie de história nós caímos.” “Eu me pergunto”, repetiu Frodo. “Mas não sei. E é esse o jeito das histórias de verdade. Pegue qualquer uma de que você goste. Você pode saber ou adivinhar que tipo de história é, de final feliz ou de final triste, mas as pessoas que estão nela não sabem. E você não quer que elas saibam.”
O Senhor dos Anéis (As Duas Torres; Livro IV; 8. As Escadarias de Cirith Ungol)

“Porém os feitos não serão menos valorosos por lhes faltar louvor.”
O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei; Livro V; 2. A Passagem da Companhia Cinzenta)

E ela respondeu: “Todas as tuas palavras só querem dizer: és uma mulher e teu papel é na casa. Mas, quando os homens tiverem morrido na batalha e na honra, tens permissão de ser queimada na casa, pois os homens não terão mais necessidade dela. Mas eu sou da Casa de Eorl, não uma serviçal. Sei cavalgar e empunhar a lâmina e não temo nem a dor nem a morte.”

“O que temes, senhora?”, perguntou ele.

“Uma gaiola”, disse ela. “Ficar atrás das barras até que o costume e a velhice as aceitem e que toda oportunidade de fazer grandes feitos tiver-se ido além da recordação ou do desejo.”
O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei; Livro V; 2. A Passagem da Companhia Cinzenta)

“Sua tristeza ele não esquecerá; mas ela não lhe obscurecerá o coração, e sim lhe ensinará sabedoria.”
O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei; Livro V; 8. As Casas de Cura)

É melhor apreciar primeiro o que somos feitos para apreciar, acho: precisamos começar em algum lugar e ter raízes, e o solo do Condado é fundo. Ainda assim, há coisas mais fundas e mais altas; e nem um feitor poderia cuidar do jardim no que ele chama de paz se não fosse por elas, quer ele saiba a respeito ou não.
O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei; Livro V; 8. As Casas de Cura)

“Conte-me,” disse ele, “há alguma esperança? Para Frodo, quero dizer; ou pelo menos principalmente para Frodo.” Gandalf pôs a mão na cabeça de Pippin. “Nunca houve muita esperança”, respondeu ele. “Só uma esperança de tolo, como me disseram.
O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei; Livro V; 4. O Cerco de Gondor)

“Sempre é assim com as coisas que os Homens começam: há uma geada na primavera, ou uma seca no verão, e eles descumprem a promessa.” “Mas raramente falha a sua semente”, disse Legolas. “E essa jazerá no pó e na podridão para brotar de novo em tempos e lugares inesperados.”
O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei; Livro V; 9. O Último Debate)

“Há outros males que poderão vir; [...] Porém não é nosso papel dominar todas as marés do mundo, e sim fazer o que está em nós para socorro dos anos em que fomos postos, extirpando o mal nos campos que conhecemos, para que os que viverem depois tenham terra limpa para cultivar. O clima que enfrentarão não nos cabe imaginar.”
O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei; Livro V; 9. O Último Debate)

Naquela hora de provação foi o amor por seu patrão que mais o ajudou a se manter firme; mas também, bem no fundo dele, ainda vivia inconquistado seu simples bom senso de hobbit: sabia no âmago do coração que não era suficientemente grande para suportar um tal fardo, mesmo que tais visões não fossem apenas um mero logro para enganá-lo. Um pequeno jardim de jardineiro livre era tudo de que precisava e a que tinha direito, não um jardim inchado até se tornar reino; suas próprias mãos para usar, não as mãos de outros para comandar.
O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei; Livro VI; 1. A Torre de Cirith Ungol)

Ali, espiando por entre os farrapos de nuvens acima de um pico escuro no alto das montanhas, Sam viu uma estrela branca piscando por alguns instantes. Sua beleza lhe atingiu o coração, olhando para cima desde a terra abandonada, e a esperança retornou a ele. Pois como um raio, nítido e frio, perpassou-lhe o pensamento de que no fim a Sombra era somente uma coisa pequena e passageira: havia luz e elevada beleza para sempre além do seu alcance.
O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei; Livro VI; 2. A Terra da Sombra)

A mão de Sam hesitou. Sua mente fervilhava com a ira e a lembrança do mal. Seria justo abater aquela criatura traiçoeira, assassina, justo e muitas vezes merecido; e parecia também ser a única coisa segura a fazer. Mas no fundo do coração havia algo que o refreava: não podia golpear aquele ser que jazia no pó, desamparado, arruinado, completamente desgraçado.
O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei; Livro VI; 3. O Monte da Perdição)

E toda a hoste riu e chorou, e, no meio de seu regozijo e suas lágrimas, a nítida voz do menestrel se ergueu como prata e ouro, e todos os homens se calaram. E ele lhes cantou, ora na língua-élfica, ora na fala do Oeste, até que transbordassem seus corações feridos com doces palavras, e sua alegria foi como espadas, e em pensamento saíram para regiões onde a dor e o deleite fluem juntos e as lágrimas são o próprio vinho da bem-aventurança.
O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei; Livro VI; 4. Os Campos de Cormallen)

“O mundo está suficientemente cheio de feridas e infortúnios sem que as guerras os multipliquem.”
O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei; Livro VI; 5. O Regente e o Rei)

“É inútil enfrentar vingança com vingança: isso não sara nada.”
O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei; Livro VI; 8. O Expurgo do Condado)

“Mas você será curado. Você foi feito para ser sólido e inteiro, e será.”
O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei; Livro VI; 9. Os Portos Cinzentos)

“Tentei salvar o Condado, e ele foi salvo, mas não para mim. Muitas vezes tem de ser assim, Sam, quando as coisas estão em perigo: alguém precisa desistir delas, perdê-las, para que outros possam mantê-las.”
O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei; Livro VI; 9. Os Portos Cinzentos)

“Não direi: não chorem; pois nem todas as lágrimas são más.”
O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei; Livro VI; 9. Os Portos Cinzentos)

Árvore e Folha (1964)

Mas o que importa? [...] As coisas poderiam ter sido diferentes, mas não poderiam ter sido melhores. Mesmo assim, temo que terei de ir em frente.
Árvore e Folha (Folha de Cisco)

O Silmarillion (1977)

E diz-se entre os Eldar que na água vive ainda o eco da Música dos Ainur, mais do que em qualquer outra substância que há nesta Terra; e muitos dos Filhos de Ilúvatar escutam ainda insaciados as vozes do Mar e, contudo, não sabem o que ouvem.
O Silmarillion (Ainulindalë)

[...] aqueles que desejam defender autoridade contra rebelião não devem eles próprios se rebelar.
O Silmarillion (Quenta Silmarillion; 6. De Fëanor e de Melkor Desacorrentado)

Mas aquele que semeia mentiras no fim não há de ficar sem colheita e logo poderá descansar do trabalho, de fato, enquanto outros colhem e semeiam em seu lugar.
O Silmarillion (Quenta Silmarillion; 7. Das Silmarils e da Inquietação dos Noldor)

Mas Olwë replicou: “Não renunciamos a amizade alguma. Mas pode ser papel de amigo repreender a insensatez de um companheiro.”
O Silmarillion (Quenta Silmarillion; 9. Da Fuga dos Noldor)

Mas, sobre a ventura e a vida contente, há pouco a ser dito até que acabem; assim como belas e maravilhosas obras, enquanto ainda subsistem para que olhos as vejam, são seu próprio registro e apenas quando estão em perigo ou são destruídas para sempre passam às canções.
O Silmarillion (Quenta Silmarillion; 10. Dos Sindar)

[...] pois para aquele que é impiedoso os atos de piedade são sempre estranhos e além do entendimento.
O Silmarillion (Quenta Silmarillion; 24. Da Viagem de Eärendil e da Guerra da Ira)

Essas acusações eram, em sua maior parte, falsas; contudo aqueles eram dias amargos, e ódio gera ódio.
O Silmarillion (Akallabêth)

“Muitos são os estranhos acasos do mundo,” disse Mithrandir, “e a ajuda amiúde há de vir das mãos dos fracos quando os Sábios falham.”
O Silmarillion (Dos Anéis de Poder e da Terceira Era)

Contos Inacabados (1980)

“Pelas trevas pode-se chegar à luz”, disse Gelmir. “Porém andar-se-á ao sol enquanto for possível”, disse Tuor.
Contos Inacabados (Primeira Parte: A Primeira Era; I. De Tuor e sua Chegada a Gondolin)

Pelas trevas chegarás à luz.
Contos Inacabados (Primeira Parte: A Primeira Era; I. De Tuor e sua Chegada a Gondolin)

“Um homem que foge do seu medo pode descobrir que somente tomou um atalho para topar com ele.”
Contos Inacabados (Primeira Parte: A Primeira Era; II. Narn i Hîn Húrin; A Infância de Túrin)

“O sofrimento serve para afiar uma mente firme.”
Contos Inacabados (Primeira Parte: A Primeira Era; II. Narn i Hîn Húrin; A Infância de Túrin)

“Mas a ascensão é dolorosa e, quanto mais alto se sobe, mais baixo se cai.”
Contos Inacabados (Primeira Parte: A Primeira Era; II. Narn i Hîn Húrin; A Infância de Túrin)

“A vida dos Homens é breve e há nela muitas eventualidades, mesmo em tempos de paz.”
Contos Inacabados (Primeira Parte: A Primeira Era; II. Narn i Hîn Húrin; A Infância de Túrin)

“Uma mão honesta e um coração fiel podem errar o golpe; e o dano pode ser mais difícil de suportar que a obra de um inimigo.”
Contos Inacabados (Primeira Parte: A Primeira Era; II. Narn i Hîn Húrin; A Infância de Túrin)

“Falsas esperanças são mais perigosas que temores.”
Contos Inacabados (Primeira Parte: A Primeira Era; II. Narn i Hîn Húrin; A Partida de Túrin)

“Desperdicei meu tempo”, continuou ele, “apesar de as horas terem sido agradáveis. Mas tais coisas sempre têm vida curta; e alegria da feitura é seu único fim verdadeiro, acredito.”
Contos Inacabados (Primeira Parte: A Primeira Era; II. Narn i Hîn Húrin; A Partida de Túrin)

“É o que a maioria dos homens ensina e poucos aprendem. Que os dias invisíveis sejam como forem. O dia de hoje é mais do que bastante.”
Contos Inacabados (Primeira Parte: A Primeira Era; II. Narn i Hîn Húrin; A Partida de Túrin)

“O silêncio, se és incapaz de dizer palavras belas, serviria melhor a todos os nossos propósitos.”
Contos Inacabados (Primeira Parte: A Primeira Era; II. Narn i Hîn Húrin; Sobre Mîm, o Anão)

“‘Que um Rei primeiro governe bem sua própria casa antes de corrigir os demais’, é o que se diz. Isso vale para todos os homens.”
Contos Inacabados (Segunda Parte: A Segunda Era; II. Aldarion e Erendis; A Esposa do Marinheiro)

“Os homens de Númenor […] transformaram sua brincadeira em assuntos importantes, e assuntos importantes em brincadeira. […] E as mulheres são para eles apenas chamas na lareira — para outros cuidarem até que eles se cansem de brincar […]. Todas as coisas foram feitas para servi-los: […] as mulheres para a necessidade de seu corpo ou, se forem belas, para adornar sua mesa e seu lar; […] São corteses e bondosos com todos, joviais como cotovias pela manhã (se brilhar o sol), pois nunca se encolerizam se puderem evitá-lo. […] Mostram ira somente quando se dão conta, de repente, de que existem outras vontades no mundo além da sua. Então são implacáveis como o vento do mar se qualquer coisa ousar se opor a eles. Assim é, Ancalimë, e não podemos alterar isso. Pois os homens formaram Númenor: os homens, esses heróis de outrora dos quais eles cantam — de suas mulheres ouvimos falar menos, exceto que choravam quando seus homens eram mortos. Númenor devia ser um repouso após a guerra. Mas, quando se cansam do repouso e dos jogos da paz, logo voltam ao seu grande jogo, assassinato e guerra. Assim é; e fomos postas aqui entre eles. Mas não temos de consentir. Se também nós amamos Númenor, vamos desfrutá-la antes que eles a arruínem. Também nós somos filhas dos grandes, e temos nossas próprias vontades e coragem. Portanto não te curves, Ancalimë. Uma vez que estejas curvada um pouco, eles te curvarão mais até que tu estejas inclinada até o chão. Deita tuas raízes na rocha, e enfrenta o vento, por muito que ele leve todas as tuas folhas.”
Contos Inacabados (Segunda Parte: A Segunda Era; II. Aldarion e Erendis; O Desenrolar Posterior da Narrativa)

‘E controla teu orgulho e tua ganância, ou vais tombar ao fim de qualquer caminho que tomares, por muito que tenhas as mãos cheias de ouro.’
Contos Inacabados (Terceira Parte: A Terceira Era; III. A Demanda de Erebor)

Sofreram muito naquela ocasião: um dos piores apertos em que estiveram, morrendo de frio e passando fome na terrível escassez que se seguiu. Mas essa foi a hora de ver sua coragem e compaixão de uns pelos outros. Foi por sua compaixão, tanto quanto por sua dura coragem sem queixas, que sobreviveram.
Contos Inacabados (Terceira Parte: A Terceira Era; III. A Demanda de Erebor; Apêndice: Nota Sobre os Textos de “A Demanda de Erebor”)

Ainda não se fora, mas estava sendo sepultada: a lembrança do sublime e do perigoso. Mas não se pode ensinar essa espécie de coisa rapidamente a todo um povo. Não havia tempo. E de qualquer modo é preciso começar em algum ponto, com alguma pessoa determinada.
Contos Inacabados (Terceira Parte: A Terceira Era; III. A Demanda de Erebor; Apêndice: Nota Sobre os Textos de “A Demanda de Erebor”)

“Um pequeno descuido; mas que demonstrou ser fatal. É o que costuma acontecer com pequenos descuidos.”
Contos Inacabados (Terceira Parte: A Terceira Era; III. A Demanda de Erebor; Apêndice: Nota Sobre os Textos de “A Demanda de Erebor”)

A Estrada Perdida e Outros Escritos (1987)

“Queria que a vida não fosse tão curta”, pensou. “Idiomas demandam muito tempo, assim como todas as coisas que queremos saber.”
A Estrada Perdida e Outros Escritos (Parte Um: A Queda de Númenor e a Estrada Perdida; 3. A Estrada Perdida; i. Os Capítulos Iniciais; Capítulo I: Um Avanço. O Jovem Alboin)

O Anel de Morgoth (1993)

Nem deveis esquecer que [...] a Justiça não é Cura, a Cura vem apenas pelo sofrimento e pela paciência, e não faz qualquer demanda, nem mesmo por Justiça. A Justiça funciona apenas dentro do limite das coisas como elas são [...] e, portanto, embora a Justiça por si só seja boa e não deseje um mal ulterior, ela não pode nada senão perpetuar o mal que existira, e não é impedida de carregar os frutos da tristeza.
O Anel de Morgoth (Parte III: O Quenta Silmarillion Tardio; II. A Segunda Fase; Leis e Costumes entre os Eldar) - Tradução não-oficial

“O que é esperança?” ela disse. “Uma expectativa de bem, que, embora incerta, tem alguma base no que é conhecido? Então não temos nenhuma.” “Isso é uma coisa que os Homens chamam ‘esperança’,” disse Finrod. “Amdir nós chamamos, ‘olhar para cima’. Mas há outra que tem uma base mais profunda. Estel nós a chamamos, isto é, ‘confiança’. Ela não é derrotada pelas maneiras do mundo, pois ela não vem da experiência, mas de nossa natureza e primeiro instinto.”
O Anel de Morgoth (Parte IV: Athrabeth Finrod ah Andreth) - Tradução não-oficial

A Queda de Gondolin (2018)

[...] mas diz-se que muitas vezes ele desejaria ter escapado de lá, cansando-se das aglomerações do povo e pensando na floresta vazia e agreste ou ouvindo ao longe a música marinha de Ulmo, se seu coração não estivesse cheio de amor por uma mulher dos Gondothlim, e ela era filha do rei.
A Queda de Gondolin (O Conto Original)

Pois coração desapiedado não conta com o poder que tem a piedade, da qual fúria severa pode ser forjada, e um aceso relâmpago diante do qual tombam montanhas.
A Queda de Gondolin (A Conclusão do Quenta Noldorinwa)

A Natureza da Terra-média (2021)

Deveriam Manwë e os Valar enfrentar segredos com subterfúgio, traição com falsidade, mentiras com mais mentiras? Se Melkor lhes usurpasse os direitos, deveriam negar os dele? Pode o ódio sobrepujar o ódio? Não, Manwë era mais sábio;
A Natureza da Terra-média (Parte Dois: Corpo, Mente e Espírito; Ósanwe-kenta)

Assim, o impiedoso sempre há de contar com a piedade, e os mentirosos hão de fazer uso da verdade; pois se a piedade e a verdade forem negadas ao cruel e ao mentiroso, elas deixarão de ser respeitadas.
A Natureza da Terra-média (Parte Dois: Corpo, Mente e Espírito; Ósanwe-kenta)