Citações Marcantes do Legendário: mudanças entre as edições
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Este é um levantamento dos momentos mais marcantes (ou apenas interessantes) do legendário. Ou seja, não necessariamente têm alguma mensagem sobre a vida ou algo do gênero, sendo apenas, por assim dizer, citações “legais”. | Este é um levantamento dos momentos mais marcantes (ou apenas interessantes) do legendário. Ou seja, não necessariamente têm alguma mensagem sobre a vida ou algo do gênero, sendo apenas, por assim dizer, citações “legais”. | ||
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Os trechos encontram-se em ordem cronológica de publicação. Confira uma lista de todos os livros aqui: [[Publicações de J.R.R. Tolkien]]. | Os trechos encontram-se em ordem cronológica de publicação. Confira uma lista de todos os livros aqui: [[Publicações de J.R.R. Tolkien]]. | ||
== | == O Hobbit (1937) == | ||
{{Citação em Bloco|trecho=Até os bons planos de magos sábios como Gandalf e de bons amigos como Elrond dão errado às vezes, quando você parte para aventuras perigosas do outro lado da Borda do Ermo; e Gandalf era um mago sábio o suficiente para perceber isso.|fonte=[[O Hobbit]] (4. Sobre Monte e Sob Monte)}}{{Citação em Bloco|trecho=Tentou adivinhar da melhor maneira que podia e rastejou adiante por um bom pedaço, até que de repente sua mão topou com o que parecia ser um minúsculo anel de metal frio caído no chão do túnel. Era uma grande virada em sua carreira, mas ele ainda não sabia disso.|fonte=[[O Hobbit]] (5. Adivinhas no Escuro)}} | |||
== O Senhor dos Anéis (1954-55) == | |||
{{Citação em Bloco|trecho=“Em Eregion, muito tempo atrás, foram feitos muitos anéis-élficos, anéis mágicos, como você os chama, e é claro que eram de vários tipos: alguns mais potentes e outros menos. Os anéis menores eram apenas ensaios do ofício antes que este estivesse maduro, e para os artífices-élficos eles eram meras miudezas — ainda assim, em minha opinião, arriscados para os mortais. Mas os Grandes Anéis, os Anéis de Poder, esses eram perigosos.”|fonte=[[O Senhor dos Anéis]] ([[A Sociedade do Anel]]; Livro I; 2. A Sombra do Passado)}}{{Citação em Bloco|trecho=“É uma bela história, apesar de triste, como são todas as histórias da Terra-média, e mesmo assim pode lhes dar ânimo.”|fonte=[[O Senhor dos Anéis]] ([[A Sociedade do Anel]]; Livro I; 11. Um Punhal no Escuro)}}{{Citação em Bloco|trecho=“Em uma coisa não mudaste, caro amigo,” comentou Aragorn, “ainda falas por enigmas.” | {{Citação em Bloco|trecho=“Em Eregion, muito tempo atrás, foram feitos muitos anéis-élficos, anéis mágicos, como você os chama, e é claro que eram de vários tipos: alguns mais potentes e outros menos. Os anéis menores eram apenas ensaios do ofício antes que este estivesse maduro, e para os artífices-élficos eles eram meras miudezas — ainda assim, em minha opinião, arriscados para os mortais. Mas os Grandes Anéis, os Anéis de Poder, esses eram perigosos.”|fonte=[[O Senhor dos Anéis]] ([[A Sociedade do Anel]]; Livro I; 2. A Sombra do Passado)}}{{Citação em Bloco|trecho=“É uma bela história, apesar de triste, como são todas as histórias da Terra-média, e mesmo assim pode lhes dar ânimo.”|fonte=[[O Senhor dos Anéis]] ([[A Sociedade do Anel]]; Livro I; 11. Um Punhal no Escuro)}}{{Citação em Bloco|trecho=“Em uma coisa não mudaste, caro amigo,” comentou Aragorn, “ainda falas por enigmas.” | ||
“O quê? Em enigmas?”, disse Gandalf. “Não! Pois estava falando comigo mesmo em voz alta. Um hábito dos velhos: eles escolhem a pessoa mais sábia presente para falar com ela;”|fonte=[[O Senhor dos Anéis]] ([[As Duas Torres]]; Livro III; 5. O Cavaleiro Branco)}} | “O quê? Em enigmas?”, disse Gandalf. “Não! Pois estava falando comigo mesmo em voz alta. Um hábito dos velhos: eles escolhem a pessoa mais sábia presente para falar com ela;”|fonte=[[O Senhor dos Anéis]] ([[As Duas Torres]]; Livro III; 5. O Cavaleiro Branco)}}{{Citação em Bloco|trecho=“Mithrandir nós o chamávamos à moda dos Elfos,” disse Faramir, “e ele se contentava. ‘Muitos são meus nomes em muitos países’, dizia ele. ‘Mithrandir entre os Elfos, Tharkûn para os Anãos; Olórin eu fui na juventude, no Oeste que está esquecido, no Sul, Incánus, no Norte, Gandalf; ao Leste eu não vou.’”|fonte=[[O Senhor dos Anéis]] ([[As Duas Torres]]; Livro IV, 5. A Janela para o Oeste)}}{{Citação em Bloco|trecho=Repentinamente o rei deu uma exclamação para Snawmana, e o cavalo partiu em um salto. [...] Parecia destinado à morte, ou a fúria de batalha de seus pais corria em suas veias como fogo novo, e foi carregado por Snawmana como um deus de outrora, como o próprio Oromë, o Grande, na batalha dos Valar, quando o mundo era jovem. Seu escudo dourado estava descoberto, e eis! brilhava como uma imagem do Sol, e a relva se inflamava de verde em torno dos alvos pés de sua montaria. Pois a manhã estava chegando, a manhã e um vento do mar; e a escuridão foi removida, e as hostes de Mordor pranteavam, e o terror se apossou deles, e fugiram, e morreram, e os cascos da ira passaram sobre eles.|fonte=[[O Senhor dos Anéis]] ([[O Retorno do Rei]]; Livro V; 5. A Cavalgada dos Rohirrim)}}{{Citação em Bloco|trecho=“Vou chegar lá nem que deixe para trás tudo exceto meus ossos”, disse Sam. “E eu mesmo vou carregar o Sr. Frodo lá para cima, nem que quebre minhas costas e meu coração. Então pare de discutir!”|fonte=[[O Senhor dos Anéis]] ([[O Retorno do Rei]]; Livro VI; 3. O Monte da Perdição)}}{{Citação em Bloco|trecho=“Venha, Sr. Frodo!”, exclamou ele. “Não posso carregá-lo pelo senhor, mas posso carregar o senhor e ele também. Então levante-se! Vamos lá, Sr. Frodo, meu querido! Sam vai lhe dar uma carona. Só diga a ele aonde ir e ele irá.” | ||
[ | Com Frodo agarrado às costas, [...] para seu espanto, achou leve o fardo. Ele receara mal ter força para erguer seu patrão sozinho e, além disso, imaginara que compartilharia o terrível peso de arrasto do maldito Anel. Mas não foi assim. Fosse porque Frodo estava tão desgastado por suas longas dores, pela ferida do punhal e pela picada venenosa, e pelo pesar, medo e andança sem lar, ou seja porque lhe fora dado algum dom de força final, Sam ergueu Frodo sem maior dificuldade do que quem carrega uma criança hobbit no cangote [...]. Inspirou fundo e partiu.|fonte=[[O Senhor dos Anéis]] ([[O Retorno do Rei]]; Livro VI; 3. O Monte da Perdição)}}{{Citação em Bloco|trecho=“Sus! senhores e cavaleiros e homens de valor indômito, reis e príncipes, e bela gente de Gondor, e Cavaleiros de Rohan, e vós, filhos de Elrond, e Dúnedain do Norte, e Elfo e Anão, e intrépidos do Condado, e todo o povo livre do Oeste, escutai agora a minha balada. Pois vos cantarei de Frodo dos Nove Dedos e do Anel da Perdição.”|fonte=[[O Senhor dos Anéis]] ([[O Retorno do Rei]]; Livro VI; 4. Os Campos de Cormallen)}}{{Citação em Bloco|trecho=Ali terminava a caligrafia de Bilbo, e Frodo escrevera: | ||
A QUEDA | |||
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SENHOR DOS ANÉIS | |||
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RETORNO DO REI | |||
[...] “Ora, o senhor quase o terminou, Sr. Frodo!”, exclamou Sam. “Bem, preciso dizer que se esforçou.” | |||
“Já terminei, Sam”, disse Frodo. “As últimas páginas são para você.”|fonte=[[O Senhor dos Anéis]] ([[O Retorno do Rei]]; Livro VI; 9. Os Portos Cinzentos)}}{{Citação em Bloco|trecho=“Então o Rei-bruxo riu-se, e ninguém que o ouviu jamais esqueceu o horror daquele grito. Mas, nesse momento, veio cavalgando Glorfindel em sua montaria branca, e, no meio de seu riso, o Rei-bruxo voltou-se em fuga e passou para as sombras. [...] | |||
“Com isso Eärnur cavalgou de volta, mas Glorfindel, observando a escuridão crescente, disse: ‘Não o persigas! Ele não voltará a esta terra. Ainda está muito longe a sua sina e não cairá pela mão de um homem.’ Estas palavras foram lembradas por muitos; mas Eärnur ficou irado, desejando apenas vingar-se pela sua desgraça.”|fonte=[[O Senhor dos Anéis]] (Apêndices; A. Anais dos Reis e Governantes; I. Os Reis Númenóreanos)}}{{Citação em Bloco|trecho=O poder de Moria perdurou através dos Anos Sombrios e o domínio de Sauron, pois, apesar de Eregion estar destruída e estarem fechados os portões de Moria, os salões de Khazad-dûm eram demasiado fundos e fortes e repletos de um povo demasiado numeroso e valente para que Sauron os conquistasse do exterior.|fonte=[[O Senhor dos Anéis]] (Apêndices; A. Anais dos Reis e Governantes; III. O Povo de Durin)}} | |||
== O Silmarillion (1977) == | |||
{{Citação em Bloco|trecho=[...] mesmo assim eles habitavam, então, no Reino de Arda, e esse era não mais que um pequeno domínio nos salões de Eä, cuja vida é o Tempo, que flui sempre da primeira nota ao último acorde de Eru.|fonte=[[O Silmarillion]] (Quenta Silmarillion; 8. Do Obscurecer de Valinor)}}{{Citação em Bloco|trecho=Então Fingolfin contemplou (como lhe parecia) a completa ruína dos Noldor [...]; e, cheio de ira e desespero, montou Rochallor, seu grande corcel, e partiu sozinho, e ninguém pôde impedi-lo. [...] e todos os que contemplavam seu avanço fugiam em assombro, pensando que o próprio Oromë chegara: pois uma grande loucura de fúria estava sobre ele, de modo que seus olhos brilhavam como os olhos dos Valar. Assim ele chegou sozinho aos portões de Angband, e soou sua trompa, e golpeou, mais uma vez, as portas brônzeas, e desafiou Morgoth a vir para fora para combate singular. E Morgoth veio.|fonte=[[O Silmarillion]] ([[Quenta Silmarillion]]; 18. Da Ruína de Beleriand e da Queda de Fingolfin)}}{{Citação em Bloco|trecho=Por fim, tão desesperado era o caso de Barahir, que Emeldir do Coração-de-homem, sua esposa (cuja intenção era antes lutar ao lado de seu filho e seu marido do que fugir), reuniu todas as mulheres e crianças que tinham restado e deu armas àquelas que queriam usá-las; e as levou para as montanhas atrás de Dorthonion e por caminhos perigosos, até que chegaram enfim, com perdas e sofrimento, a Brethil.|fonte=[[O Silmarillion]] ([[Quenta Silmarillion]]; 18. Da Ruína de Beleriand e da Queda de Fingolfin)}}{{Citação em Bloco|trecho=Vazias e silenciosas estavam todas as terras em volta quando o Rei do Mar marchou sobre a Terra-média. Por sete dias viajou com bandeira e trombeta, e chegou a um monte, e o subiu, e dispôs ali seu pavilhão e seu trono; e se sentou em meio à terra, e as tendas de sua hoste estavam todas arranjadas à sua volta, azuis, douradas e brancas, como um campo de altas flores. Então enviou arautos e mandou que Sauron viesse diante dele e lhe jurasse fidelidade. | |||
E Sauron veio.|fonte=[[O Silmarillion]] ([[Akallabêth]])}} | |||
== Contos Inacabados (1980) == | |||
{{Citação em Bloco|trecho=Ali deu-se conta subitamente de que o Anel se fora. Por azar, ou por um acaso feliz, o Anel saíra de sua mão e fora aonde Isildur jamais poderia esperar reencontrá-lo. Inicialmente seu sentimento de perda foi tão avassalador que ele não se debateu mais, e teria submergido e se afogado. Mas, ligeiro como havia chegado, esse humor passou. A dor o abandonara. Um grande fardo fora removido. [...] Ali levantou-se da água: apenas um homem mortal, uma pequena criatura perdida e abandonada nos ermos da Terra-média.|fonte=[[Contos Inacabados]] (Terceira Parte: A Terceira Era; I. O Desastre dos Campos de Lis)}}{{Citação em Bloco|trecho=[...] seus jovens e velhos eram ajudados pelas mulheres mais moças, que naquele povo também eram treinadas em armas e lutavam ferozmente em defesa de seus lares e filhos.|fonte=[[Contos Inacabados]] (Terceira Parte: A Terceira Era; II. Cirion e Eorl e a Amizade entre Gondor e Rohan; (i) Os Nortistas e os Carroceiros)}}{{Citação em Bloco|trecho=Eorl exigiu que o cavalo renunciasse à sua liberdade até o fim da vida, como compensação por seu pai; e Felaróf submeteu-se, apesar de não permitir que nenhum homem, exceto Eorl, o montasse. Compreendia tudo o que diziam os homens e teve vida longa como eles, assim como seus descendentes, os mearas, “que não levavam senão o Rei da Marca ou seus filhos até o tempo de Scadufax”.|fonte=[[Contos Inacabados]] (Terceira Parte: A Terceira Era; II. Cirion e Eorl e a Amizade entre Gondor e Rohan; (ii) A Cavalgada de Eorl)}}{{Citação em Bloco|trecho=‘Tu estás armando alguma das tuas, Mestre Gandalf. Tenho certeza de que tu tens outros propósitos além de me ajudar.’ | |||
= | “‘Tu tens toda a razão’, concordei eu. ‘Se eu não tivesse outros propósitos, nem te estaria ajudando. Por muito que teus negócios te possam parecer importantes, eles são apenas um pequeno fio na grande teia. Eu me ocupo de muitos fios.’|fonte=[[Contos Inacabados]] (Terceira Parte: A Terceira Era; III. A Demanda de Erebor)}}{{Citação em Bloco|trecho=“Há uma coisa que preciso fazer um dia destes; preciso visitar esse teu Condado. Não para ver mais Hobbits! Duvido que possa aprender algo sobre eles que eu já não saiba. Mas nenhum Anão da Casa de Durin pode deixar de olhar aquela terra com assombro. Não começou lá a recuperação do Reino sob a Montanha e a queda de Smaug? Sem mencionar o fim de Barad-dûr, apesar de que ambos estavam estranhamente enredados. Estranho, muito estranho”, comentou, e fez uma pausa.|fonte=[[Contos Inacabados]] (Terceira Parte: A Terceira Era; III. A Demanda de Erebor; Apêndice: Nota Sobre os Textos de "A Demanda de Erebor")}}{{Citação em Bloco|trecho=Não, imaginei que ele [Bilbo] queria permanecer “solteiro” por alguma razão bem profunda, que ele mesmo não compreendia ou não queria reconhecer, pois ela o alarmava. Queria, mesmo assim, ser livre para partir quando surgisse a oportunidade ou quando ele tivesse reunido coragem.|fonte=[[Contos Inacabados]] (Terceira Parte: A Terceira Era; III. A Demanda de Erebor; Apêndice: Nota Sobre os Textos de "A Demanda de Erebor")}}{{Citação em Bloco|trecho=“Quando assuntos de peso estão em debate, Mithrandir, espanta-me um pouco que tu te divirtas com teus brinquedos de fogo e fumaça, enquanto outros debatem a sério.” | ||
Mas Gandalf riu e respondeu: “Não te espantarias se tu mesmo usasses esta erva. Descobririas que a fumaça soprada limpa sua mente das sombras interiores. Seja como for, ela confere paciência, para escutar os desacertos sem se enraivecer. Mas não é um dos meus brinquedos. É uma arte do Povo Pequeno lá no Oeste: gente alegre e valorosa, apesar de ter pouca importância, quem sabe, nas tuas altas políticas.”|fonte=[[Contos Inacabados]] (Terceira Parte: A Terceira Era; IV. A Caçada ao Anel; (iii) Acerca de Gandalf, de Saruman e do Condado)}} | |||
== O Livro dos Contos Perdidos 1 (1983) == | |||
{{Citação em Bloco|trecho=Mas isso é através dele, e não por ele; e ele verá, e vós todos também, e mesmo esses seres que devem agora morar em meio ao seu mal e, por causa de Melko, tolerar tormento e pesar, terror e perversidade, que isso redunda, no fim, apenas para minha grande glória, e não faz senão tornar o tema mais digno de ser ouvido, a Vida mais digna de ser vivida, e o Mundo tão mais formidável e maravilhoso que, de todos os feitos de Ilúvatar, este será julgado seu mais poderoso e mais belo.’|fonte=[[O Livro dos Contos Perdidos 1]] (2. A Música dos Ainur)}}{{Citação em Bloco|trecho=A neve é de tal beleza que ultrapassa meus mais secretos pensamentos e, se há pouca música nela, a chuva, por outro lado, é realmente bela e tem uma música que enche meu coração, e alegro-me que meus ouvidos a encontraram, ainda que sua tristeza esteja entre as mais tristes de todas as coisas.|fonte=[[O Livro dos Contos Perdidos 1]] (2. A Música dos Ainur)}} | |||
== | == O Livro dos Contos Perdidos 2 (1984) == | ||
{{Citação em Bloco|trecho=[...] há muito tempo se diz entre os Homens que todos os que provassem do coração de um dragão conheceriam todas as línguas de Deuses ou Homens, de aves ou feras, e seus ouvidos captariam os sussurros dos Valar ou de Melko tal como jamais tinham ouvido antes.|fonte=[[O Livro dos Contos Perdidos 2]] (2. Turambar e o Foalókë)}} | |||
== O Anel de Morgoth (1993) == | |||
{{Citação em Bloco|trecho=De fato, em extrema necessidade ou defesa desesperada, as nissi [mulheres] lutavam valentemente, e havia menos diferença em força e velocidade entre homens-élficos e mulheres-élficas que ainda não tinham dado à luz criança do que se vê entre mortais. Por outro lado, muitos homens-élficos eram grandes curandeiros e hábeis no saber dos corpos viventes, embora tais homens se abstivessem de caçar e só fossem à guerra se houvesse máxima necessidade.|fonte=[[O Anel de Morgoth]] (II. A Segunda Fase; Leis e Costumes entre os Eldar)}}{{Citação em Bloco|trecho=Outros [Valar] havia, incontáveis para o nosso pensamento, embora conhecidos uns dos outros e enumerados na mente de Ilúvatar, cujo labor se dava alhures e em outras regiões e histórias do Grande Conto, em meio a remotas estrelas e mundos além do alcance do mais longínquo pensamento. Mas desses outros nada sabemos e não temos como saber, embora os Valar de Arda, talvez, recordem a todos eles.|fonte=[[O Anel de Morgoth]] (Parte Cinco: Mitos Transformados; II)}} | |||
== A Guerra das Joias (1994) == | |||
{{Citação em Bloco|trecho=Então falou Mandos em profecia, quando os Deuses sentaram-se em julgamento em Valinor, e o rumor de suas palavras foram sussurradas entre todos os Elfos do Oeste. Quando o mundo for velho e os Poderes enfraquecerem, então Morgoth, vendo que a guarda fraquejou, voltará pela Porta da Noite do Vazio Atemporal; e destruirá o Sol e a lua. Mas Eärendil descerá sobre ele como uma chama branca e flamejante e o derrubará dos ares. Então a Última Batalha ocorrerá nos campos de Valinor. Nesse dia Tulkas lutará com Morgoth, e em sua mão direita estará Eönwë, e em sua esquerda Túrin Turambar, filho de Húrin, voltando do Destino dos Homens no fim do mundo; e a espada negra de Túrin dará a Morgoth sua morte e fim definitivo; e assim os filhos de Húrin e todos os Homens serão vingados.|fonte=[[A Guerra das Joias]] (Os Últimos Capítulos do Quenta Silmarillion; A Segunda Profecia de Mandos) - Tradução não oficial}} | |||
== A Queda de Gondolin (2018) == | |||
{{Citação em Bloco|trecho=Em sua casa sobre as muralhas Idril se veste com cota de malha e busca Eärendel. [...] Idril lutara, sozinha como estava, feito uma tigresa, apesar de toda a sua formosura e pequenez.|fonte=[[A Queda de Gondolin]] (O Conto Original)}} | {{Citação em Bloco|trecho=Em sua casa sobre as muralhas Idril se veste com cota de malha e busca Eärendel. [...] Idril lutara, sozinha como estava, feito uma tigresa, apesar de toda a sua formosura e pequenez.|fonte=[[A Queda de Gondolin]] (O Conto Original)}} | ||
== A Natureza da Terra-média (2021) == | |||
{{Citação em Bloco|trecho=Por outro lado, o ato da procriação [dos Elfos], sendo ato de vontade e desejo partilhado e deveras controlado pelo fëa [“espírito”], realizava-se com a presteza de outros atos conscientes e voluntários de deleite ou de feitura. Era um dos atos de principal deleite, em processo e memória, em uma vida élfica, mas sua importância derivava apenas de sua intensidade, não do tempo ou da duração: não podia ser suportado por grande espaço de tempo sem desastroso “gasto”.|fonte=[[A Natureza da Terra-média]] (Parte Um: Tempo e Envelhecimento; 4. Escalas de Tempo)}} | {{Citação em Bloco|trecho=Por outro lado, o ato da procriação [dos Elfos], sendo ato de vontade e desejo partilhado e deveras controlado pelo fëa [“espírito”], realizava-se com a presteza de outros atos conscientes e voluntários de deleite ou de feitura. Era um dos atos de principal deleite, em processo e memória, em uma vida élfica, mas sua importância derivava apenas de sua intensidade, não do tempo ou da duração: não podia ser suportado por grande espaço de tempo sem desastroso “gasto”.|fonte=[[A Natureza da Terra-média]] (Parte Um: Tempo e Envelhecimento; 4. Escalas de Tempo)}} | ||
[[Categoria:Citações]] | [[Categoria:Citações]] | ||
[[Categoria:Projeto Tolkien]] | [[Categoria:Projeto Tolkien]] |
Edição atual tal como às 11h08min de 28 de julho de 2025
- Levantamento feito com a curadoria de Projeto Tolkien (atualizado por último em 28/07/2025).
Este é um levantamento dos momentos mais marcantes (ou apenas interessantes) do legendário. Ou seja, não necessariamente têm alguma mensagem sobre a vida ou algo do gênero, sendo apenas, por assim dizer, citações “legais”.
Caso seja de seu interesse, temos no total quatro compilados de citações aqui no Compendium:
- Citações Ficcionais sobre a Vida
- Citações Não-ficcionais sobre a Vida
- Citações sobre as Próprias Obras
- Citações Marcantes do Legendário
Salvo menção em sentido contrário, todos os trechos abaixo citados foram retirados das edições da HarperCollins Brasil.
Os trechos encontram-se em ordem cronológica de publicação. Confira uma lista de todos os livros aqui: Publicações de J.R.R. Tolkien.
O Hobbit (1937)
Até os bons planos de magos sábios como Gandalf e de bons amigos como Elrond dão errado às vezes, quando você parte para aventuras perigosas do outro lado da Borda do Ermo; e Gandalf era um mago sábio o suficiente para perceber isso.
— O Hobbit (4. Sobre Monte e Sob Monte)
Tentou adivinhar da melhor maneira que podia e rastejou adiante por um bom pedaço, até que de repente sua mão topou com o que parecia ser um minúsculo anel de metal frio caído no chão do túnel. Era uma grande virada em sua carreira, mas ele ainda não sabia disso.
— O Hobbit (5. Adivinhas no Escuro)
O Senhor dos Anéis (1954-55)
“Em Eregion, muito tempo atrás, foram feitos muitos anéis-élficos, anéis mágicos, como você os chama, e é claro que eram de vários tipos: alguns mais potentes e outros menos. Os anéis menores eram apenas ensaios do ofício antes que este estivesse maduro, e para os artífices-élficos eles eram meras miudezas — ainda assim, em minha opinião, arriscados para os mortais. Mas os Grandes Anéis, os Anéis de Poder, esses eram perigosos.”
— O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro I; 2. A Sombra do Passado)
“É uma bela história, apesar de triste, como são todas as histórias da Terra-média, e mesmo assim pode lhes dar ânimo.”
— O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel; Livro I; 11. Um Punhal no Escuro)
“Em uma coisa não mudaste, caro amigo,” comentou Aragorn, “ainda falas por enigmas.” “O quê? Em enigmas?”, disse Gandalf. “Não! Pois estava falando comigo mesmo em voz alta. Um hábito dos velhos: eles escolhem a pessoa mais sábia presente para falar com ela;”
— O Senhor dos Anéis (As Duas Torres; Livro III; 5. O Cavaleiro Branco)
“Mithrandir nós o chamávamos à moda dos Elfos,” disse Faramir, “e ele se contentava. ‘Muitos são meus nomes em muitos países’, dizia ele. ‘Mithrandir entre os Elfos, Tharkûn para os Anãos; Olórin eu fui na juventude, no Oeste que está esquecido, no Sul, Incánus, no Norte, Gandalf; ao Leste eu não vou.’”
— O Senhor dos Anéis (As Duas Torres; Livro IV, 5. A Janela para o Oeste)
Repentinamente o rei deu uma exclamação para Snawmana, e o cavalo partiu em um salto. [...] Parecia destinado à morte, ou a fúria de batalha de seus pais corria em suas veias como fogo novo, e foi carregado por Snawmana como um deus de outrora, como o próprio Oromë, o Grande, na batalha dos Valar, quando o mundo era jovem. Seu escudo dourado estava descoberto, e eis! brilhava como uma imagem do Sol, e a relva se inflamava de verde em torno dos alvos pés de sua montaria. Pois a manhã estava chegando, a manhã e um vento do mar; e a escuridão foi removida, e as hostes de Mordor pranteavam, e o terror se apossou deles, e fugiram, e morreram, e os cascos da ira passaram sobre eles.
— O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei; Livro V; 5. A Cavalgada dos Rohirrim)
“Vou chegar lá nem que deixe para trás tudo exceto meus ossos”, disse Sam. “E eu mesmo vou carregar o Sr. Frodo lá para cima, nem que quebre minhas costas e meu coração. Então pare de discutir!”
— O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei; Livro VI; 3. O Monte da Perdição)
“Venha, Sr. Frodo!”, exclamou ele. “Não posso carregá-lo pelo senhor, mas posso carregar o senhor e ele também. Então levante-se! Vamos lá, Sr. Frodo, meu querido! Sam vai lhe dar uma carona. Só diga a ele aonde ir e ele irá.” Com Frodo agarrado às costas, [...] para seu espanto, achou leve o fardo. Ele receara mal ter força para erguer seu patrão sozinho e, além disso, imaginara que compartilharia o terrível peso de arrasto do maldito Anel. Mas não foi assim. Fosse porque Frodo estava tão desgastado por suas longas dores, pela ferida do punhal e pela picada venenosa, e pelo pesar, medo e andança sem lar, ou seja porque lhe fora dado algum dom de força final, Sam ergueu Frodo sem maior dificuldade do que quem carrega uma criança hobbit no cangote [...]. Inspirou fundo e partiu.
— O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei; Livro VI; 3. O Monte da Perdição)
“Sus! senhores e cavaleiros e homens de valor indômito, reis e príncipes, e bela gente de Gondor, e Cavaleiros de Rohan, e vós, filhos de Elrond, e Dúnedain do Norte, e Elfo e Anão, e intrépidos do Condado, e todo o povo livre do Oeste, escutai agora a minha balada. Pois vos cantarei de Frodo dos Nove Dedos e do Anel da Perdição.”
— O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei; Livro VI; 4. Os Campos de Cormallen)
Ali terminava a caligrafia de Bilbo, e Frodo escrevera:
A QUEDA
DO
SENHOR DOS ANÉIS
E O
RETORNO DO REI
[...] “Ora, o senhor quase o terminou, Sr. Frodo!”, exclamou Sam. “Bem, preciso dizer que se esforçou.”
“Já terminei, Sam”, disse Frodo. “As últimas páginas são para você.”
— O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei; Livro VI; 9. Os Portos Cinzentos)
“Então o Rei-bruxo riu-se, e ninguém que o ouviu jamais esqueceu o horror daquele grito. Mas, nesse momento, veio cavalgando Glorfindel em sua montaria branca, e, no meio de seu riso, o Rei-bruxo voltou-se em fuga e passou para as sombras. [...] “Com isso Eärnur cavalgou de volta, mas Glorfindel, observando a escuridão crescente, disse: ‘Não o persigas! Ele não voltará a esta terra. Ainda está muito longe a sua sina e não cairá pela mão de um homem.’ Estas palavras foram lembradas por muitos; mas Eärnur ficou irado, desejando apenas vingar-se pela sua desgraça.”
— O Senhor dos Anéis (Apêndices; A. Anais dos Reis e Governantes; I. Os Reis Númenóreanos)
O poder de Moria perdurou através dos Anos Sombrios e o domínio de Sauron, pois, apesar de Eregion estar destruída e estarem fechados os portões de Moria, os salões de Khazad-dûm eram demasiado fundos e fortes e repletos de um povo demasiado numeroso e valente para que Sauron os conquistasse do exterior.
— O Senhor dos Anéis (Apêndices; A. Anais dos Reis e Governantes; III. O Povo de Durin)
O Silmarillion (1977)
[...] mesmo assim eles habitavam, então, no Reino de Arda, e esse era não mais que um pequeno domínio nos salões de Eä, cuja vida é o Tempo, que flui sempre da primeira nota ao último acorde de Eru.
— O Silmarillion (Quenta Silmarillion; 8. Do Obscurecer de Valinor)
Então Fingolfin contemplou (como lhe parecia) a completa ruína dos Noldor [...]; e, cheio de ira e desespero, montou Rochallor, seu grande corcel, e partiu sozinho, e ninguém pôde impedi-lo. [...] e todos os que contemplavam seu avanço fugiam em assombro, pensando que o próprio Oromë chegara: pois uma grande loucura de fúria estava sobre ele, de modo que seus olhos brilhavam como os olhos dos Valar. Assim ele chegou sozinho aos portões de Angband, e soou sua trompa, e golpeou, mais uma vez, as portas brônzeas, e desafiou Morgoth a vir para fora para combate singular. E Morgoth veio.
— O Silmarillion (Quenta Silmarillion; 18. Da Ruína de Beleriand e da Queda de Fingolfin)
Por fim, tão desesperado era o caso de Barahir, que Emeldir do Coração-de-homem, sua esposa (cuja intenção era antes lutar ao lado de seu filho e seu marido do que fugir), reuniu todas as mulheres e crianças que tinham restado e deu armas àquelas que queriam usá-las; e as levou para as montanhas atrás de Dorthonion e por caminhos perigosos, até que chegaram enfim, com perdas e sofrimento, a Brethil.
— O Silmarillion (Quenta Silmarillion; 18. Da Ruína de Beleriand e da Queda de Fingolfin)
Vazias e silenciosas estavam todas as terras em volta quando o Rei do Mar marchou sobre a Terra-média. Por sete dias viajou com bandeira e trombeta, e chegou a um monte, e o subiu, e dispôs ali seu pavilhão e seu trono; e se sentou em meio à terra, e as tendas de sua hoste estavam todas arranjadas à sua volta, azuis, douradas e brancas, como um campo de altas flores. Então enviou arautos e mandou que Sauron viesse diante dele e lhe jurasse fidelidade. E Sauron veio.
— O Silmarillion (Akallabêth)
Contos Inacabados (1980)
Ali deu-se conta subitamente de que o Anel se fora. Por azar, ou por um acaso feliz, o Anel saíra de sua mão e fora aonde Isildur jamais poderia esperar reencontrá-lo. Inicialmente seu sentimento de perda foi tão avassalador que ele não se debateu mais, e teria submergido e se afogado. Mas, ligeiro como havia chegado, esse humor passou. A dor o abandonara. Um grande fardo fora removido. [...] Ali levantou-se da água: apenas um homem mortal, uma pequena criatura perdida e abandonada nos ermos da Terra-média.
— Contos Inacabados (Terceira Parte: A Terceira Era; I. O Desastre dos Campos de Lis)
[...] seus jovens e velhos eram ajudados pelas mulheres mais moças, que naquele povo também eram treinadas em armas e lutavam ferozmente em defesa de seus lares e filhos.
— Contos Inacabados (Terceira Parte: A Terceira Era; II. Cirion e Eorl e a Amizade entre Gondor e Rohan; (i) Os Nortistas e os Carroceiros)
Eorl exigiu que o cavalo renunciasse à sua liberdade até o fim da vida, como compensação por seu pai; e Felaróf submeteu-se, apesar de não permitir que nenhum homem, exceto Eorl, o montasse. Compreendia tudo o que diziam os homens e teve vida longa como eles, assim como seus descendentes, os mearas, “que não levavam senão o Rei da Marca ou seus filhos até o tempo de Scadufax”.
— Contos Inacabados (Terceira Parte: A Terceira Era; II. Cirion e Eorl e a Amizade entre Gondor e Rohan; (ii) A Cavalgada de Eorl)
‘Tu estás armando alguma das tuas, Mestre Gandalf. Tenho certeza de que tu tens outros propósitos além de me ajudar.’ “‘Tu tens toda a razão’, concordei eu. ‘Se eu não tivesse outros propósitos, nem te estaria ajudando. Por muito que teus negócios te possam parecer importantes, eles são apenas um pequeno fio na grande teia. Eu me ocupo de muitos fios.’
— Contos Inacabados (Terceira Parte: A Terceira Era; III. A Demanda de Erebor)
“Há uma coisa que preciso fazer um dia destes; preciso visitar esse teu Condado. Não para ver mais Hobbits! Duvido que possa aprender algo sobre eles que eu já não saiba. Mas nenhum Anão da Casa de Durin pode deixar de olhar aquela terra com assombro. Não começou lá a recuperação do Reino sob a Montanha e a queda de Smaug? Sem mencionar o fim de Barad-dûr, apesar de que ambos estavam estranhamente enredados. Estranho, muito estranho”, comentou, e fez uma pausa.
— Contos Inacabados (Terceira Parte: A Terceira Era; III. A Demanda de Erebor; Apêndice: Nota Sobre os Textos de "A Demanda de Erebor")
Não, imaginei que ele [Bilbo] queria permanecer “solteiro” por alguma razão bem profunda, que ele mesmo não compreendia ou não queria reconhecer, pois ela o alarmava. Queria, mesmo assim, ser livre para partir quando surgisse a oportunidade ou quando ele tivesse reunido coragem.
— Contos Inacabados (Terceira Parte: A Terceira Era; III. A Demanda de Erebor; Apêndice: Nota Sobre os Textos de "A Demanda de Erebor")
“Quando assuntos de peso estão em debate, Mithrandir, espanta-me um pouco que tu te divirtas com teus brinquedos de fogo e fumaça, enquanto outros debatem a sério.” Mas Gandalf riu e respondeu: “Não te espantarias se tu mesmo usasses esta erva. Descobririas que a fumaça soprada limpa sua mente das sombras interiores. Seja como for, ela confere paciência, para escutar os desacertos sem se enraivecer. Mas não é um dos meus brinquedos. É uma arte do Povo Pequeno lá no Oeste: gente alegre e valorosa, apesar de ter pouca importância, quem sabe, nas tuas altas políticas.”
— Contos Inacabados (Terceira Parte: A Terceira Era; IV. A Caçada ao Anel; (iii) Acerca de Gandalf, de Saruman e do Condado)
O Livro dos Contos Perdidos 1 (1983)
Mas isso é através dele, e não por ele; e ele verá, e vós todos também, e mesmo esses seres que devem agora morar em meio ao seu mal e, por causa de Melko, tolerar tormento e pesar, terror e perversidade, que isso redunda, no fim, apenas para minha grande glória, e não faz senão tornar o tema mais digno de ser ouvido, a Vida mais digna de ser vivida, e o Mundo tão mais formidável e maravilhoso que, de todos os feitos de Ilúvatar, este será julgado seu mais poderoso e mais belo.’
— O Livro dos Contos Perdidos 1 (2. A Música dos Ainur)
A neve é de tal beleza que ultrapassa meus mais secretos pensamentos e, se há pouca música nela, a chuva, por outro lado, é realmente bela e tem uma música que enche meu coração, e alegro-me que meus ouvidos a encontraram, ainda que sua tristeza esteja entre as mais tristes de todas as coisas.
— O Livro dos Contos Perdidos 1 (2. A Música dos Ainur)
O Livro dos Contos Perdidos 2 (1984)
[...] há muito tempo se diz entre os Homens que todos os que provassem do coração de um dragão conheceriam todas as línguas de Deuses ou Homens, de aves ou feras, e seus ouvidos captariam os sussurros dos Valar ou de Melko tal como jamais tinham ouvido antes.
— O Livro dos Contos Perdidos 2 (2. Turambar e o Foalókë)
O Anel de Morgoth (1993)
De fato, em extrema necessidade ou defesa desesperada, as nissi [mulheres] lutavam valentemente, e havia menos diferença em força e velocidade entre homens-élficos e mulheres-élficas que ainda não tinham dado à luz criança do que se vê entre mortais. Por outro lado, muitos homens-élficos eram grandes curandeiros e hábeis no saber dos corpos viventes, embora tais homens se abstivessem de caçar e só fossem à guerra se houvesse máxima necessidade.
— O Anel de Morgoth (II. A Segunda Fase; Leis e Costumes entre os Eldar)
Outros [Valar] havia, incontáveis para o nosso pensamento, embora conhecidos uns dos outros e enumerados na mente de Ilúvatar, cujo labor se dava alhures e em outras regiões e histórias do Grande Conto, em meio a remotas estrelas e mundos além do alcance do mais longínquo pensamento. Mas desses outros nada sabemos e não temos como saber, embora os Valar de Arda, talvez, recordem a todos eles.
— O Anel de Morgoth (Parte Cinco: Mitos Transformados; II)
A Guerra das Joias (1994)
Então falou Mandos em profecia, quando os Deuses sentaram-se em julgamento em Valinor, e o rumor de suas palavras foram sussurradas entre todos os Elfos do Oeste. Quando o mundo for velho e os Poderes enfraquecerem, então Morgoth, vendo que a guarda fraquejou, voltará pela Porta da Noite do Vazio Atemporal; e destruirá o Sol e a lua. Mas Eärendil descerá sobre ele como uma chama branca e flamejante e o derrubará dos ares. Então a Última Batalha ocorrerá nos campos de Valinor. Nesse dia Tulkas lutará com Morgoth, e em sua mão direita estará Eönwë, e em sua esquerda Túrin Turambar, filho de Húrin, voltando do Destino dos Homens no fim do mundo; e a espada negra de Túrin dará a Morgoth sua morte e fim definitivo; e assim os filhos de Húrin e todos os Homens serão vingados.
— A Guerra das Joias (Os Últimos Capítulos do Quenta Silmarillion; A Segunda Profecia de Mandos) - Tradução não oficial
A Queda de Gondolin (2018)
Em sua casa sobre as muralhas Idril se veste com cota de malha e busca Eärendel. [...] Idril lutara, sozinha como estava, feito uma tigresa, apesar de toda a sua formosura e pequenez.
— A Queda de Gondolin (O Conto Original)
A Natureza da Terra-média (2021)
Por outro lado, o ato da procriação [dos Elfos], sendo ato de vontade e desejo partilhado e deveras controlado pelo fëa [“espírito”], realizava-se com a presteza de outros atos conscientes e voluntários de deleite ou de feitura. Era um dos atos de principal deleite, em processo e memória, em uma vida élfica, mas sua importância derivava apenas de sua intensidade, não do tempo ou da duração: não podia ser suportado por grande espaço de tempo sem desastroso “gasto”.
— A Natureza da Terra-média (Parte Um: Tempo e Envelhecimento; 4. Escalas de Tempo)